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terça-feira, abril 25, 2006

25 de Abril

Esta ? uma cronologia da Revolu??o dos Cravos que, em 25 de Abril de 1974, p?s fim a 48 anos de ditadura em Portugal, abrindo caminho para a implementa??o de um governo democr?tico.


24 de Abril

No final do dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa. Entre eles estavam tamb?m o comandante V?tor Crespo, o major Sanches Os?rio, o major Garcia dos Santos e o major Hugo dos Santos.

22:55
? transmitida a can??o ˇ¨E depois do Adeusˇ¨, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa. Este foi a primeira das senhas previamente combinadas pelos golpistas para sincronizar as opera??es.


25 de Abril


00:20
? dada a segunda senha, quando foi transmitida a can??o ˇ¨Gr?ndola Vila Morenaˇ§ de Jos? Afonso, pelo programa Limite da R?dio Renascen?a. Este sinal confirma o sucesso das opera??es e comanda o avan?o das for?as sobre os seus objectivos. Em seguida foram lidos poemas de Carlos Albino, jornalista do Rep?blica e colaborador do programa.


00:30
Os militares do MFA ocupam a Escola Pr?tica de Administra??o Militar.


01:00
? tomada a Escola Pr?tica de Cavalaria de Santar?m, ao mesmo tempo que se inicia a movimenta??o de tropas em Estremoz, Figueira da Foz, Lamego, Lisboa, Mafra, Tomar, Vendas Novas, Viseu, e outros pontos do pa?s.


03:00
As for?as revoltosas, numa ac??o sincronizada, iniciam a ocupa??o dos pontos da capital considerados vitais para o sucesso da opera??o: o Aeroporto de Lisboa, o R?dio Clube Portugu?s, a Emissora Nacional, a RTP e a R?dio Marconi. Todos este alvos ser?o ocupados sem resist?ncia significativa.
No Norte, uma for?a do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos Azeredo toma o Quartel General da Regi?o Militar do Porto. Mais tarde estas for?as s?o refor?adas por for?as vindas de Lamego. For?as do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras.ghmjki


03:30
Os militares do MFA iniciam o cerco ao Quartel-General da Regi?o Militar de Lisboa, em S?o Sebasti?o da Pedreira.


04:00
Devido ? falta de noticias sobre o controlo do Aeroporto de Lisboa, ? adiada a transmiss?o do primeiro comunicado do Movimento, prevista para esta hora no RCP.


04:15
O regime reagiu, com o ministro da Defesa a ordenar a for?as sedeadas em Braga para avan?arem sobre o Porto, com o objectivo de recuperar o Quartel-General, mas estas for?as tinham aderido ao MFA e ignoraram as ordens.


04:20
As for?as da Escola Pr?tica de Infantaria de Mafra controlam o aeroporto de Lisboa que ? encerrado. O tr?fego a?reo ? reencaminhado para Madrid e Las Palmas.


04:26
Leitura do primeiro comunicado do MFA, pela voz do jornalista Joaquim Furtado, aos microfones do R?dio Clube Portugu?s:
Aqui posto de comando do Movimento das For?as Armadas.
As For?as Armadas portuguesas apelam a todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a m?xima calma. Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos n?o seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos para o bom senso dos comandos das for?as militarizadas, no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as For?as Armadas. Tal confronto, al?m de desnecess?rio, s? poder? conduzir a s?rios preju?zos individuais que enlutariam e criariam divis?es entre os Portugueses, o que h? que evitar a todo o custo. N?o obstante a expressa preocupa??o de n?o fazer correr a m?nima gota de sangue de qualquer portugu?s, apelamos para o esp?rito c?vico e profissional da classe m?dica, esperando a sua acorr?ncia aos hospitais, a fim de prestar a sua eventual colabora??o, que se deseja, sinceramente, desnecess?ria
Ap?s a leitura do comunicado, foi tocada A Portuguesa, prosseguindo a emiss?o com a passagem de marchas militares, entre as quais uma marcha de John Philip de Sousa que haveria de ser adoptada como hino do MFA.


04:45
Leitura do segundo comunicado do MFA, na antena do RCP:
A todos os elementos das for?as militarizadas e policiais o comando do Movimento das For?as Armadas aconselha a m?xima prud?ncia, a fim de serem evitados quaisquer recontros perigosos. N?o h? inten??o deliberada de fazer correr sangue desnecess?rio, mas tal acontecer? caso alguma provoca??o se venha a verificar.
Apelamos, portanto, para que regressem imediatamente aos seus quart?is, aguardando as ordens que lhes ser?o dadas pelo M. F. A.
Ser?o severamente responsabilizados todos os comandos que tentarem por qualquer forma conduzir os seus subordinados ? luta com as For?as Armadas.


05:15
? lido o terceiro comunicado do MFA:
Para que a gravidade da hora que vivemos n?o seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, apelamos para o bom senso dos comandos das For?as Militarizadas no sentido de serem evitados confrontos com as For?as Armadas. Tal confronto, al?m de desnecess?rio, s? poder? conduzir a s?rios preju?zos individuais que enlutariam e criariam divis?es entre os portugueses, o que h? que evitar a todo o custo. N?o obstante a expressa preocupa??o de n?o fazer correr a m?nima gota de sangue de qualquer portugu?s, apelamos para o esp?rito c?vico e profissional da classe m?dica, esperando a sua ocorr?ncia aos hospitais a fim de prestar a sua eventual colabora??o, que se deseja sinceramente desnecess?ria.
A todos os elementos das For?as Militarizadas e policiais, o Comando do Movimento das For?as Armadas aconselha a m?xima prud?ncia, a fim de serem evitados quaisquer recontros perigosos. N?o h? inten??o deliberada de fazer correr sangue desnecessariamente, mas tal acontecer? caso alguma provoca??o se venha a verificar.
Apelamos, portanto, para que regressem imediatamente aos seus quart?is, aguardando as ordem que lhes ser?o dadas pelo Movimento das For?as Armadas. Ser?o severamente responsabilizados todos os comandos que tentarem por qualquer forma conduzir os seus subordinados ? luta com as For?as Armadas.
Informa-se a popula??o de que, no sentido de evitar todo e qualquer incidente ainda que involunt?rio, dever? recolher a suas casas, mantendo absoluta calma. A todos os elementos das for?as militarizadas, nomeadamente ?s for?as da G.N.R. e P.S.P. e ainda ?s For?as da Direc??o-Geral de Seguran?a e Legi?o Portuguesa, que abusivamente foram recrutadas, lembra-se o seu dever c?vico de contribu?rem para a manuten??o da ordem p?blica, o que, na presente situa??o, s? poder? ser alcan?ado se n?o for oposta qualquer reac??o ?s For?as Armadas. Tal reac??o nada teria de vantajoso, pois conduziria a um indesej?vel derramamento de sangue, que em nada contribuiria para a uni?o de todos os portugueses. Embora estando crentes no bom senso e no civismo de todos os portugueses, no sentido de evitarem todo e qualquer recontro armado, apelamos para que os m?dicos e o pessoal de enfermagem se apresentem em todos os hospitais para uma colabora??o que fazemos votos seja desnecess?ria.

06:45
Quarto comunicado do MFA:
Aqui Posto de Comando do Movimento das For?as Armadas.
Aten??o elementos das for?as militarizadas e policiais. Uma vez que as For?as Armadas decidiram tomar a seu cargo a presente situa??o, ser? considerado delito grave qualquer oposi??o das for?as militarizadas e policiais ?s unidades militares que cercam a cidade de Lisboa. A n?o obedi?ncia a este aviso poder? provocar um in?til derramamento de sangue, cuja responsabilidade lhes ser? inteiramente atribu?da. Dever?o, por conseguinte, conservar-se dentro dos seus quart?is at? receberem ordens do Movimento das For?as Armadas. Os comandos das for?as militarizadas e policiais ser?o severamente responsabilizados, caso incitem os seus subordinados ? luta armada.?

07:30
Quinto comunicado do MFA:
Aqui posto de comando das For?as Armadas.
Conforme tem sido transmitido, as For?as Armadas desencadearam, na madrugada de hoje, uma s?rie de ac??es com vista ? liberta??o do Pa?s do regime que h? longo tempo o domina.
Nos seus comunicados as F. A. t?m apelado para a n?o interven??o das for?as policiais, com o objectivo de se evitar derramamento de sangue. Embora este desejo se mantenha firme, n?o se hesitar? em responder, decidida e implacavelmente, a qualquer oposi??o que se venha a manifestar.
Consciente de que interpreta verdadeiros sentimentos da Na??o, o M. F. A. prosseguir? na sua ac??o libertadora, e pede ? popula??o que se mantenha calma e que recolha ?s suas resid?ncias.
Viva Portugal.


08:45
Sexto comunicado do MFA, desta vez aos microfones da Emissora Nacional.
As For?as Armadas iniciaram uma s?rie de ac??es com vista ? liberta??o do Pa?s do regime que h? longo tempo o domina. Nos seus comunicados, as For?as Armadas t?m apelado para a n?o interven??o das for?as policiais, com o objectivo de se evitar derramamento de sangue. Embora este desejo se mantenha firme, n?o se hesitar? em responder, decidida e implacavelmente, a qualquer oposi??o que venha a manifestar-se. Consciente de que interpreta os verdadeiros sentimentos da na??o, o movimento das For?as Armadas prosseguir? na sua ac??o libertadora e pede ? popula??o que se mantenha calma e que recolha ?s suas resid?ncias.
Viva Portugal!

16:00
For?as do CIOE controlam as instala??es da RTP do Monte da Virgem e do RCP, no Porto.